Feminino presente

  Qual a importância de saber como está a quantidade do seu fluxo menstrual? Aprender a “ler” seus ciclos de forma profunda, física e emocionalmente, além de tratar com esta consciência algum distúrbio. Também, caso haja excesso de sangue por tempo prolongado, corrigir a possível anemia associada. Tanto se o fluxo for excessivo quanto se for leve, a primeira coisa a descartar é se há uma causa fisiológica, como amamentação, adolescência ou perimenopausa. Depois, registrar se é recorrente ou pontual (somente naquele mês). A quantidade de sangue durante o período pode estar relacionada, por exemplo, a fatores como estresse, excesso de exercício, de tabaco, mudanças da dieta e de métodos contraceptivos, variações de peso.   Ou a algum problema físico que precisa ser visto por um@ ginecologista, como miomas, pólipos ou ovários policísticos. Se o caso for de excesso de sangue por tempo prolongado, é possível também usar, em paralelo a tratamentos da medicina tradicional, méto...

É normal sentir algum incômodo ou peso sim, mas que não impeça de seguir a rotina normal, que não dure mais do que dois ou três dias, que alivie com os remédios e que não seja muito diferente do que de costume. A chamada dismenorreia, na naturopatia, pode vir associada ao fluxo escasso, sensação de pressão e estagnação (congestiva) ou com dores e cólicas (espasmódica). No primeiro caso, podem ser usadas plantas que promovam a circulação pélvica e tônicos uterinos, como gengibre, canela e dong quai. Já no segundo, plantas antiespasmódicas e sedativas: funcho, cohosh preto e inhame selvagem. Em ambas situações, o tratamento natural se baseia em usar plantas anti-inflamatórias, como calêndula, cúrcuma, alcaçuz, gengibre e açafrão, nos chás e na dieta para reduzir os sintomas. Importante saber que a dor pode ocorrer independentemente da haver ou não disfunção na ovulação.   Se pensarmos que nosso organismo precisa de um descanso nesta época para fazer todas as limpezas neces...

Nós mulheres experimentamos todos os meses uma microexperiência dos ciclos que vamos passar ao longo de toda vida. Amei ouvir isso numa aula no Curso de Saúde Integral de Mulher por perceber como é uma dádiva aprender a cada dia a ter consciência e respeitar cada um deles, seja observando um mês, um ano ou toda a vida de uma mulher. No nosso ciclo mensal, a menstruação está ligada à lua nova, ao arquétipo da bruxa, da anciã. Tempo de levar a seiva para as raízes, ficar mais sozinha, cultivar o foco e a intuição. O movimento é para dentro. O inverno do nosso ciclo, a fase de ficar na caverna para limpar, renovar e descansar. A lua crescente traz o arquétipo da donzela, nossa fase pré-ovulatória, nossa primavera, a mulher jovem em todo potencial, a hora de agir. A ovulação, logo em seguida, equivale ao arquétipo da mãe, a lua cheia, o verão da mulher adulta em todo o seu esplendor e expansão para fora, quando a seiva está na copa da árvore. Tempo de maior libido, energia para criar...

Esta foi uma das perguntas que respondemos no primeiro dia do Curso de Saúde Integral da Mulher, num teste sugerido pela professora Antonella Vignati, sobre os nossos conhecimentos do ciclo menstrual. Tamanha foi a minha surpresa de constatar o quanto eu não sabia ou não tinha certeza sobre o que acontecia comigo todos os meses. Mesmo tendo um corpo de mulher, menstruando desde os 12 anos, tendo acesso amplo a informações sobre o assunto e observando energeticamente como estes ciclos funcionam. As questões eram aparentemente simples: quais os tipos de muco cervical que produzimos no ciclo; quais as fases do ciclo ovárico e do ciclo uterino; como sabemos que a ovulação ocorreu, por exemplo. Vimos na sequência uma citação que falava que essa ignorância é proposital, uma forma de controle também sobre nossos corpos, desde que os saberes ancestrais do feminino foram excluídos da medicina: “O analfabetismo atenta contra a autoestima e reduz a participação social (...). Deixa-me estupefa...